quinta-feira, 4 de outubro de 2007

'Novo acidente aéreo no Brasil é questão de tempo', diz entidade internacional

04/10/2007 - 08h23
'Novo acidente aéreo no Brasil é questão de tempo', diz entidade internacional

Bruno Garcez
De Washington

O presidente da Federação Internacional de Controladores de Tráfego Aéreo (Ifatca), Marc Baumgartner, afirma que ''é uma questão de tempo para que um novo acidente aéreo volte a acontecer no Brasil''. Sua opinião é compartilhada por outros dirigentes da entidade.

"A FAB (Força Aérea Brasileira) investiu muita energia para prender e perseguir os seus próprios funcionários. Mas nenhuma energia para corrigir as falhas que possui em seu sistema (aéreo)", diz Baumgartner.

Os membros da diretoria da organização estão participando de uma semana de reuniões em Washington, onde conversaram com a reportagem da BBC Brasil. A situação dos controladores e os problemas do setor aéreo brasileiro deverão estar entre os temas debatidos pelos executivos.

De acordo com o suíço Baumgartner, a Força Aérea Brasileira (FAB) está atribuindo aos controladores toda a responsabilidade pelo acidente com o Boeing da Gol, que caiu em Mato Grosso em setembro do ano passado, matando 154 pessoas, depois de se chocar com um jato Legacy.

Ele afirma que, além de agir dessa forma de modo a se eximir de sua própria responsabilidade, as autoridades brasileiras priorizaram a punição dos controladores em detrimento das ações que poderiam prevenir novos acidentes.

Inquérito

Um Inquérito Policial Militar (IPM), instaurado pela FAB na semana passada, indiciou cinco controladores, todos eles militares, por supostos erros que teriam levado ao desastre. O relatório aponta 11 erros dos controladores e falhas nos equipamentos que levaram, juntos, ao desastre.

Além da autorização incompleta para a decolagem do Legacy, os operadores teriam cometido uma série de falhas de comunicação. Entre elas, teriam trocado informações incorretas a respeito da altitude em que o Legacy voava e deixado de trocar comunicação com os pilotos do Legacy por um longo período, no qual nem os controladores nem os pilotos observaram os procedimentos necessários.

"Ter a polícia militar investigando um acidente tão complexo como esse é como ir ao cabeleireiro para comprar carne. Não é sério. É absolutamente ultrajante. Se você conta com um sistema militar legal paralelo, a situação só se agrava, porque as regras são diferentes", afirma o presidente da Ifatca.

O dirigente da entidade de controladores aéreos acrescenta que a gravidade das acusações lançadas no IPM, de que os operadores teriam cometido homicídio culposo, é ''vergonhosa'' e que só está ocorrendo "porque este não é um setor que seja da competência de um promotor militar".

O IPM foi acolhido como denúncia pelo Ministério Público Militar, rejeitada pela juíza Zilah Maria Petersen, da 11ª Circunscrição Judiciária Militar, em Brasília, que a considerou "inepta", por não especificar as regras de conduta militar violadas pelos controladores.

Sistema falho

De acordo com Baumgartner, o sistema aéreo em vigor no Brasil possui falhas técnicas. "E isso ficará claro nas conclusões do relatório sobre o acidente. A tecnologia usada em vôos no Brasil conta com uma função técnica que 'decide' em que altura uma aeronave se encontra, mas o sistema não sabe se de fato a aeronave se encontra naquela altura."

"A área em que o radar vê o avião não é constante. Isso é algo que tem a ver com o tamanho do Brasil, que é um país muito grande, mas também com o tipo de tecnologia utilizada. Tudo isso leva a crer que os controladores aéreos não tinham chance. Eles perderam contato com a aeronave (o jato Legacy) devido a esses problemas sistêmicos. O avião desapareceu do radar. E isso levou à tragédia."

O presidente da Ifatca diz que estes são elementos que precisam ser alterados e que a investigação "precisa aprender com os acidentes".

No entender dos representantes da entidade, outro problema que o Brasil enfrenta é o fato de que os controladores estão sujeitos à Força Aérea. A entidade afirma que a militarização do setor de tráfego aéreo é um anacronismo que vem perdendo adeptos em diferentes partes do mundo. "Na América do Sul, a Argentina vem debatendo o fim desse sistema, e está em transição para um controle aéreo feito por civis", diz o presidente.

"O comandante da Força Aérea é, ao mesmo tempo, o controlador do sistema de tráfego aéreo e o responsável por sua auditoria. Se algo dá errado, é ele que irá receber o relatório sobre as falhas que causaram o acidente."

Conduta

O dirigente acusa ainda a FAB de adotar uma conduta perigosa. "Eles não fizeram nada para modificar o atual sistema. Pelo contrário, os militares brasileiros agora estão treinando pessoas que não deveriam estar trabalhando como controladores. Eles dizem que pretendem treinar 600 novos operadores e que já contratam 70. É o que nos preocupa. Eles estão pegando controladores militares que não têm as qualificações necessárias."

Doug Churchill, o vice-presidente da Ifatca e o responsável por temas jurídicos da entidade, diz que a organização fez uma série de recomendações à FAB, mas que os militares brasileiros vêm ignorando quaisquer contatos.

"No Brasil, eles estão buscando um conserto rápido. Querem usar um 'band-aid' para conter um ferimento grave. Avisos de que outros acidentes iriam acontecer foram dados às autoridades brasileiras e, de fato, um aconteceu", afirma Churchill, em referência ao desastre com o vôo 3054 da TAM, ocorrido no dia 17 de julho e que provocou 199 mortes.

Segundo Baumgartner, o fato de que as autoridades tomaram uma série de medidas de segurança após o acidente e reduziram as funções destinadas aos controladores só prova que as normas de segurança apropriadas não estavam em vigor quando ocorreu o desastre que vitimou 199 pessoas.

O presidente da Ifatca afirma que os membros de sua organização estão dispostos a discutir esses temas com as autoridades brasileiras, mas dificilmente isso aconteceria no Brasil.

"Se as falhas sistêmicas forem corrigidas, nós poderemos voar para o Brasil. Caso contrário, não iremos. Não é seguro ir de avião para lá. É o que recomendo a todos os meus amigos e familiares, que não viajem de avião para o Brasil."

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

HISTORIA BRASILEIRA

VOCÊ SABIA?

A doutora Elizabete Sato, delegada que foi escalada para investigar o processo sobre o assassinato do Prefeito de Santo André, Celso Daniel, é tia de MarceloSato, marido da Lurian, que, apenas por coincidência, é filha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ou melhor, a coincidência é que Marcelo Sato, o genro do Presidente daRepública, é sobrinho da Delegada Elisabete Sato, Titular do 78º DP, que demorou séculos para concluir que o caso Celso Daniel foi um 'crime comum',sem motivação política.

Também apenas por coincidência, Marcelo Sato é dono de uma empresa de assessoria que presta serviços ao BESC - Banco de Santa Catarina, do qual é diretor Jorge Lorenzetti (churrasqueiro oficial do presidente Lula e um dos petistas que o presidente chamou de 'aloprados' no escândalo do dossiê contra os tucanos).

E ainda, não por coincidência, o marido de Ideli Salvatti, lider do PT no Senado, é o Presidente do BESC...

>MAS É SÓ COINCIDÊNCIA !

(Meu Avô, Sábio homem, dizia ... meu filho,coincidências existem, só não acredite em muita.)

ISSO É UMA VERGONHA
08.01, 16h04
por Juliano Schiavo Sussi

Ele nasceu em uma família de imigrantes russos. Sua infância foi difícil, pois, ainda no seu primeiro ano de idade, contraiu poliomielite. Aos 9, foi levado aos EUA para fazer uma cirurgia em suas pernas, pois tinha dificuldade de andar devido à perna direita ser menor que à esquerda.

Deu a volta por cima e iniciou seu histórico profissional na rádio em 1956, aos 15 anos. Entrou para uma Faculdade de Direito e, faltando seis messes para se formar, desistiu do curso. Seguiu seu coração: optou por atuar na área jornalística.

Trabalhou nas rádios Piratininga, Santo Amaro, Panamericana e Eldorado. Na imprensa escrita, dirigiu a redação da Folha de S.Paulo (74 a 76 e de 77 a 88). No mesmo jornal foi editor de política e da seção Painel.

Estreou na televisão em agosto de 1988, no TJ Brasil do SBT, até junho de 1997. Alguns estudiosos o têm como o primeiro âncora da TV brasileira - jornalista a quem é dada autonomia para apresentar, editar e comandar de forma independente a equipe que produz o telejornal.

Ele também recebeu o Prêmio Rotary de Comunicação e foi premiado com o Troféu Imprensa de telejornalismo em 1992, 1993, 1994 e 2001. Foi o âncora do Jornal da Record de 14 de julho de 1997 até 30 de dezembro de 2005. Mas afinal, quem é ele?

Ele é Boris Casoy, um crítico feroz da atual administração petista - uma administração que adora calar a imprensa – e teve seu contrato com a Record desfeito. Por que será?

A presidência da Record relatou a Casoy que o governo não admitia críticas e que teria ameaçado corte de publicidade estatal no "Jornal da Record”, além de ter sugerido nomes para substituí-lo. Como o dinheiro fala mais alto no mundo capitalista, a direção da Record decidiu quebrar o contrato com o “simples” jornalista.

Mais uma vez a administração de Luiz Inácio Lula da Silva dá mostras de que os “fins justificam os meios”. A quebra de contrato com o jornalista Boris Casoy demonstra que as bases do governo petista se estruturam na manipulação. Como diria Casoy: “Isso é uma vergonha!”.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Blecaute atinge todo o Espírito Santo e parte do Rio

Blecaute atinge todo o Espírito Santo e parte do Rio

Um blecaute atingiu, no final da tarde desta quarta-feira, todo o Estado do Espírito Santo e 18 cidades do Rio de Janeiro. No início da noite, o sistema foi restabelecido em parte da cidade de Vitória (ES), mas as demais áreas afetadas continuam sem fornecimento.

» vc repórter: mande fotos e relatos

Segundo informações da Espírito Santo Centrais Elétricas (Escelsa), empresa responsável pelo fornecimento de energia do Espírito Santo, o problema teria ocorrido em uma linha de transmissão que sai de Macaé (RJ) em direção ao Espírito Santo. A empresa, no entanto, ainda não sabe que tipo de problema teria ocorrido.

Nos primeiros 10 minutos de falta de energia elétrica, o Centro Integrado de Operações de Defesa Social do Espírito Santo registrou 12 ocorrências de pessoas presas em elevadores.

Tadeu Silva, morador do bairro Areinha, na cidade de Viana (ES), afirma que a movimentação na substação de energia localizada na região metropolitana de Vitória é normal, mas que não há abastecimento nas áreas próximas.

No Rio de Janeiro, a companhia de energia Ampla divulgou nota sobre o blecaute que atingiu pelo menos 18 municípios do norte do Estado e parte da Região dos Lagos. Segundo a nota, "um problema ainda não identificado nas linhas de transmissão de 345 mil volts de Furnas Centrais Elétricas, que abastece Norte e Noroeste do Estado, além de parte da Região dos Lagos, causou o desligamento automático das subestações dessas regiões interrompendo o fornecimento de energia desde às 17h".

A Ampla informou ainda que já está em contato permanente com Furnas para restabelecer o abastecimento o mais rapidamente possível.

Bom Jesus do Itabapoana, Natividade, Cantagalo, Cambuci, Itaperuna, Pádua, Italva, Laje do Muriaé, São Fidélis, Miracema, Itaocara, Cordeiro, Macuco, Porciúncula, Bom Jardim, Varre e Sai, São José do Ubá, Campos dos Goytacazes e parte da Região dos Lagos tiveram o fornecimento cortado.

Com informações da Agência JB

domingo, 23 de setembro de 2007

ONG DOS AMIGOS DE PLUTAO

PSDB E GOVERNO LULA




LULA E O BRASIL

Carrinho de Compras: Câmara reserva R$ 19 mil para almoços, jantares e coquetéis e STJ compra 49 umidificadores de ar







Parece que boa comida não vai faltar para os deputados até o fim do ano. A churrascaria Novilho de Ouro foi contratada para prestar serviços de organização e fornecimento de coquetéis, almoços e jantares para a Câmara até o término de 2007. O apetite dos parlamentares vai custar a Casa mais de R$ 19 mil. Só é preciso tomar cuidado com as calorias a mais que os nobres cavalheiros podem ganhar com tanta refeição.

Já o Superior Tribunal de Justiça (STJ), para se prevenir da seca que atinge Brasília, comprou 49 umidificadores de ar por R$ 8 mil. Cada um custou R$ 161. Na nota de empenho, o aparelho está descrito como portátil, silencioso e com sistema ultra-sônico. Tudo isso, claro, para facilitar o trabalho dos funcionários e dos ministros do tribunal, já que a umidade do ar na capital federal tem alcançado 15%.

O Senado foi o órgão público que mais apareceu nos empenhos (reservas orçamentárias) desta semana no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). O órgão reservou em orçamento mais de R$ 5 milhões só para a prestação de serviços na área de informática. Agora, uma coisa é certa, pane nos computadores não vai ser motivo para ninguém deixar de trabalhar até o fim do ano, já que o serviço vai ser realizado de 6 de setembro a 31 de dezembro. Bem que o Comando da Aeronáutica poderia ter a mesma idéia, só por precaução, para evitar qualquer problema nos computadores dos Cindactas espalhados pelo Brasil.

A Casa empenhou ainda, por meio de licitação, R$ 6,6 mil para a aquisição de móveis para uso do órgão. Afinal, boa aparência e conforto tornam qualquer lugar mais agradável. O empenho, no entanto, não traz o detalhamento do mobiliário. Mas não é somente o Senado que adquiriu novos utensílios dessa natureza. O Tribunal de Contas da União (TCU) também empenhou mais de R$ 28 mil para a compra de novos móveis na mesma loja contratada pelo Senado, a Futura Interiores e Mobiliário Panorâmico.

Já em relação à manutenção dos ambientes, esta semana a construtora que apareceu nas notas de empenho do órgão dos senadores para a execução de obras foi a Hamilton. A empresa, com nome de piloto de fórmula – 1, prestou serviços ao Senado no valor de R$ 23 mil. No entanto, os documentos não descrevem o lugar nem o tipo de obra que será realizada.

Ainda nas notas de empenho emitidas pelo Senado, mais de R$ 23 mil foram reservados para o pagamento de transporte aéreo, “em caráter excepcional”. Até que o momento vivido pelo país influencia a medida adotada pela instituição, já que a crise que toma conta do setor aéreo, apesar de ter dado uma trégua, parece não ter data para acabar. A empresa contratada foi a Ícaro Táxi Aéreo.

Já as autoridades estrangeiras continuam sendo bem cuidadas nas tradicionais visitas aqui no nosso país. O Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio do Tesouro Nacional, reservou em orçamento mais de R$ 3 mil para a aquisição de caixas de madeira para embalar os presentes concedidos aos convidados. Só não dá para saber quais objetos vão ser comprados dessa vez para agraciar os visitantes.

Clique aqui para ver todas as notas de empenho da matéria.

*Todo fim de semana o Contas Abertas publica a coluna Carrinho de Compras, que traz reservas de recursos feitas por órgãos da União em orçamento para as compras mais curiosas. Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade nesse tipo de compra feita pelo governo e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não resolveria os problemas do Brasil. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão sobre os gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, compras curiosas.

Cecília Melo e Leandro Kleber
Do Contas Abertas

Leia os últimos Carrinhos de Compras:

DNIT reserva R$ 5 milhões à Construtora Mendes Júnior e Senado, R$ 1,5 mil para aluguel de um carro para Calheiros

Presidência reserva quase R$ 10 mil para utensílios domésticos e Itamaraty compromete R$ 55 mil com obras de arte

Câmara reserva R$ 301,5 mil para a compra de 230 freezers e TCU, R$ 163,1 mil para realizar 31 eventos

STJ reserva R$ 849 para cadeira de maquiagem e Presidência compromete R$ 7,6 mil para TVs de plasma

Presidência reserva R$ 11 mil para aquisição de fragmentadoras de papel e STJ empenha R$ 3 mil para comprar camas box

STJ reserva R$ 112,9 mil para a aquisição de cadeiras e TCU R$ 26 mil para a compra de materiais para a cozinha

Presidência “faz a feira” e compra R$ 12,9 mil em frutas e verduras, mais 220 colchões por R$ 30,4 mil

Senado reserva mais de R$ 96 mil para compra de Tvs de Plasma e R$ 1,2 milhão para vigilância dos apartamentos de senadores

Ministério do Esporte reserva R$ 32,3 milhões para o restaurante da vila pan-americana e R$ 1,6 milhão para site do evento

Senado reserva R$ 41,5 mil para tratamento dentário de ex-senador e R$ 485 mil para reformar um apartamento

Senado compromete R$ 70,4 mil para eletrodomésticos e Itamaraty R$ 200 mil para despesas com bagagens

Governo compromete R$ 25 mil para estante rack e R$ 21,9 mil para obras de arte

9/9/2007

ACOMPANHANDO O BRASIL





Carrinho de Compras: Presidência reserva R$ 12,3 mil para compra de ferramentas e Senado R$ 48 mil para comprar TVs de Plasma


A reforma política tão esperada principalmente pela sociedade deu o que falar e mesmo assim não foi definitivamente concluída. No entanto, com tantas notas de empenho para a compra de materiais de construção e ferramentas emitidas pela Presidência pode ser que alguma reforma aconteça. Pelo menos no que diz respeito ao aspecto físico. A Casa comprometeu em orçamento R$ 2,4 mil para a aquisição de quatro parafusadeiras e outros R$ 1,2 mil para três furadeiras de impacto, reversíveis e com velocidade variável. E não pára por aí não. Foram adquiridos também três jogos de 25 brocas de aço sintetizado em estojo metálico no valor total de R$ 805,00.

Além de toda essa aparelhagem, a Presidência ainda empenhou R$ 7,9 mil para a compra de 10 "equipamentos telefônicos", sendo cada um R$ 793,00. Só que na descrição, não aparece nada muito ligado à telefonia. A nota de empenho caracteriza o aparelho como uma estação de solda digital com controle de temperatura feito por microprocesador, incluindo unidade de suporte, esponja e ferro de solda. E como se não bastasse isso, o Senado reservou R$ 48 mil somente para a compra de seis televisões de plasma com 50 polegadas e Wide Screen. Cada aparelho custou R$ 8 mil. Esse é o preço da modernidade.

Como é de costume, em quase todo Carrinho de Compras, o Senado gastou mais de R$ 20 mil com ressarcimento de despesas médicas e odontológicas aos senadores, ex-parlamentares e seus dependentes. Todas relativas ao ano passado. A Presidência também reservou em orçamento R$ 5,2 mil para a recuperação e a restauração de metais preciosos. Além disso, banho de prata e polimento em 31 peças de utensílios de copa.

Já do outro lado do Congresso, a Câmara quase passou despercebida. A Casa reservou em orçamento R$ 794,2 mil para fornecimento de mão-de-obra destinada à execução de serviços de condução e manutenção de veículos no período de 18 de setembro a 17 de novembro deste ano. Este valor inclui o pagamento de 13º salário dos funcionários. A empresa contratada foi a Adservis Multiperfil.

Clique aqui para ver todos os empenhos

*Todo fim de semana o Contas Abertas publica a coluna Carrinho de Compras, que traz reservas de recursos feitas por órgãos da União em orçamento para as compras mais curiosas. Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade nesse tipo de compra feita pelo governo e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não resolveria os problemas do Brasil. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão sobre os gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, compras curiosas.

Cecília Melo
Do Contas Abertas

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DNIT reserva R$ 5 milhões à Construtora Mendes Júnior e Senado, R$ 1,5 mil para aluguel de um carro para Calheiros

Presidência reserva quase R$ 10 mil para utensílios domésticos e Itamaraty compromete R$ 55 mil com obras de arte

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Presidência reserva R$ 11 mil para aquisição de fragmentadoras de papel e STJ empenha R$ 3 mil para comprar camas box

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Senado reserva mais de R$ 96 mil para compra de Tvs de Plasma e R$ 1,2 milhão para vigilância dos apartamentos de senadores

Ministério do Esporte reserva R$ 32,3 milhões para o restaurante da vila pan-americana e R$ 1,6 milhão para site do evento

Senado reserva R$ 41,5 mil para tratamento dentário de ex-senador e R$ 485 mil para reformar um apartamento

Senado compromete R$ 70,4 mil para eletrodomésticos e Itamaraty R$ 200 mil para despesas com bagagens

Governo compromete R$ 25 mil para estante rack e R$ 21,9 mil para obras de arte

23/9/2007

ACOMPANHANDO O BRASIL









23/09/2007 - 10h14
Metade do Brasil não tem esgoto, diz FGV

Rio de Janeiro - Mais da metade dos domicílios brasileiros (51,5%) não dispõe de rede de coleta e tratamento de esgoto. O acesso a esse serviço avançou de forma pífia nos últimos 14 anos, atravessando quatro diferentes gestões federais ao ritmo de 1,59% ao ano. Mantida essa velocidade, para reduzir à metade o déficit de saneamento básico seriam necessários 56 anos e meio, segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ou seja, o Brasil chegaria ao ano de 2063 ainda com 25% dos lares sem coleta e tratamento de esgoto. 'Esse é um problema sistêmico, de política pública. Enquanto o País avança no combate à pobreza a uma velocidade quatro vezes maior do que a determinada pelas Metas do Milênio, não chega à metade do que deveria na questão do saneamento', diz o economista Marcelo Neri, da FGV, que utilizou microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, para fazer a projeção.

Neri descarta cálculos sobre a universalização do serviço, que levaria mais de um século para ser atingida. 'Devemos pensar em metas factíveis de redução do problema', argumenta, lembrando que o País entrará no Ano Internacional do Saneamento, fixado pela ONU para 2008, entre os piores desempenhos no setor.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva admite o problema e anuncia investimento de R$ 10 bilhões neste segundo mandato, na tentativa de duplicar o ritmo de expansão. O objetivo é chegar em 2010 com cerca de 80% dos municípios atendidos com redes de água e esgoto. Hoje, os dois serviços chegam a pouco mais de 71% da população. 'O presidente Lula convocou o BNDES para um projeto de fôlego', informou Élvio Gaspar, diretor da Área de Inclusão Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

'Estamos trabalhando com uma projeção de universalização para o atendimento de coleta e tratamento de esgoto de 15 anos e de 10 anos para o abastecimento de água. Fazendo o corte para o que podemos fazer até o fim do mandato, em 2010, esperamos elevar em 2% ao ano a coleta de esgoto e 1,4% ao ano o abastecimento de água', acrescentou Gaspar.

Segundo o BNDES, o plano do governo não prevê novas privatizações no setor, mas o saneamento das empresas estatais para que ganhem capacidade de investimento. A idéia é ajudá-las a seguir o modelo adotado na Sabesp e na Copasa, por exemplo, empresas que abriram o capital em bolsa e têm hoje acesso a outras fontes de financiamento.

Irany Tereza e Nicola Pamplona




segunda-feira, 13 de agosto de 2007