quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Blecaute atinge todo o Espírito Santo e parte do Rio

Blecaute atinge todo o Espírito Santo e parte do Rio

Um blecaute atingiu, no final da tarde desta quarta-feira, todo o Estado do Espírito Santo e 18 cidades do Rio de Janeiro. No início da noite, o sistema foi restabelecido em parte da cidade de Vitória (ES), mas as demais áreas afetadas continuam sem fornecimento.

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Segundo informações da Espírito Santo Centrais Elétricas (Escelsa), empresa responsável pelo fornecimento de energia do Espírito Santo, o problema teria ocorrido em uma linha de transmissão que sai de Macaé (RJ) em direção ao Espírito Santo. A empresa, no entanto, ainda não sabe que tipo de problema teria ocorrido.

Nos primeiros 10 minutos de falta de energia elétrica, o Centro Integrado de Operações de Defesa Social do Espírito Santo registrou 12 ocorrências de pessoas presas em elevadores.

Tadeu Silva, morador do bairro Areinha, na cidade de Viana (ES), afirma que a movimentação na substação de energia localizada na região metropolitana de Vitória é normal, mas que não há abastecimento nas áreas próximas.

No Rio de Janeiro, a companhia de energia Ampla divulgou nota sobre o blecaute que atingiu pelo menos 18 municípios do norte do Estado e parte da Região dos Lagos. Segundo a nota, "um problema ainda não identificado nas linhas de transmissão de 345 mil volts de Furnas Centrais Elétricas, que abastece Norte e Noroeste do Estado, além de parte da Região dos Lagos, causou o desligamento automático das subestações dessas regiões interrompendo o fornecimento de energia desde às 17h".

A Ampla informou ainda que já está em contato permanente com Furnas para restabelecer o abastecimento o mais rapidamente possível.

Bom Jesus do Itabapoana, Natividade, Cantagalo, Cambuci, Itaperuna, Pádua, Italva, Laje do Muriaé, São Fidélis, Miracema, Itaocara, Cordeiro, Macuco, Porciúncula, Bom Jardim, Varre e Sai, São José do Ubá, Campos dos Goytacazes e parte da Região dos Lagos tiveram o fornecimento cortado.

Com informações da Agência JB

domingo, 23 de setembro de 2007

ONG DOS AMIGOS DE PLUTAO

PSDB E GOVERNO LULA




LULA E O BRASIL

Carrinho de Compras: Câmara reserva R$ 19 mil para almoços, jantares e coquetéis e STJ compra 49 umidificadores de ar







Parece que boa comida não vai faltar para os deputados até o fim do ano. A churrascaria Novilho de Ouro foi contratada para prestar serviços de organização e fornecimento de coquetéis, almoços e jantares para a Câmara até o término de 2007. O apetite dos parlamentares vai custar a Casa mais de R$ 19 mil. Só é preciso tomar cuidado com as calorias a mais que os nobres cavalheiros podem ganhar com tanta refeição.

Já o Superior Tribunal de Justiça (STJ), para se prevenir da seca que atinge Brasília, comprou 49 umidificadores de ar por R$ 8 mil. Cada um custou R$ 161. Na nota de empenho, o aparelho está descrito como portátil, silencioso e com sistema ultra-sônico. Tudo isso, claro, para facilitar o trabalho dos funcionários e dos ministros do tribunal, já que a umidade do ar na capital federal tem alcançado 15%.

O Senado foi o órgão público que mais apareceu nos empenhos (reservas orçamentárias) desta semana no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). O órgão reservou em orçamento mais de R$ 5 milhões só para a prestação de serviços na área de informática. Agora, uma coisa é certa, pane nos computadores não vai ser motivo para ninguém deixar de trabalhar até o fim do ano, já que o serviço vai ser realizado de 6 de setembro a 31 de dezembro. Bem que o Comando da Aeronáutica poderia ter a mesma idéia, só por precaução, para evitar qualquer problema nos computadores dos Cindactas espalhados pelo Brasil.

A Casa empenhou ainda, por meio de licitação, R$ 6,6 mil para a aquisição de móveis para uso do órgão. Afinal, boa aparência e conforto tornam qualquer lugar mais agradável. O empenho, no entanto, não traz o detalhamento do mobiliário. Mas não é somente o Senado que adquiriu novos utensílios dessa natureza. O Tribunal de Contas da União (TCU) também empenhou mais de R$ 28 mil para a compra de novos móveis na mesma loja contratada pelo Senado, a Futura Interiores e Mobiliário Panorâmico.

Já em relação à manutenção dos ambientes, esta semana a construtora que apareceu nas notas de empenho do órgão dos senadores para a execução de obras foi a Hamilton. A empresa, com nome de piloto de fórmula – 1, prestou serviços ao Senado no valor de R$ 23 mil. No entanto, os documentos não descrevem o lugar nem o tipo de obra que será realizada.

Ainda nas notas de empenho emitidas pelo Senado, mais de R$ 23 mil foram reservados para o pagamento de transporte aéreo, “em caráter excepcional”. Até que o momento vivido pelo país influencia a medida adotada pela instituição, já que a crise que toma conta do setor aéreo, apesar de ter dado uma trégua, parece não ter data para acabar. A empresa contratada foi a Ícaro Táxi Aéreo.

Já as autoridades estrangeiras continuam sendo bem cuidadas nas tradicionais visitas aqui no nosso país. O Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio do Tesouro Nacional, reservou em orçamento mais de R$ 3 mil para a aquisição de caixas de madeira para embalar os presentes concedidos aos convidados. Só não dá para saber quais objetos vão ser comprados dessa vez para agraciar os visitantes.

Clique aqui para ver todas as notas de empenho da matéria.

*Todo fim de semana o Contas Abertas publica a coluna Carrinho de Compras, que traz reservas de recursos feitas por órgãos da União em orçamento para as compras mais curiosas. Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade nesse tipo de compra feita pelo governo e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não resolveria os problemas do Brasil. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão sobre os gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, compras curiosas.

Cecília Melo e Leandro Kleber
Do Contas Abertas

Leia os últimos Carrinhos de Compras:

DNIT reserva R$ 5 milhões à Construtora Mendes Júnior e Senado, R$ 1,5 mil para aluguel de um carro para Calheiros

Presidência reserva quase R$ 10 mil para utensílios domésticos e Itamaraty compromete R$ 55 mil com obras de arte

Câmara reserva R$ 301,5 mil para a compra de 230 freezers e TCU, R$ 163,1 mil para realizar 31 eventos

STJ reserva R$ 849 para cadeira de maquiagem e Presidência compromete R$ 7,6 mil para TVs de plasma

Presidência reserva R$ 11 mil para aquisição de fragmentadoras de papel e STJ empenha R$ 3 mil para comprar camas box

STJ reserva R$ 112,9 mil para a aquisição de cadeiras e TCU R$ 26 mil para a compra de materiais para a cozinha

Presidência “faz a feira” e compra R$ 12,9 mil em frutas e verduras, mais 220 colchões por R$ 30,4 mil

Senado reserva mais de R$ 96 mil para compra de Tvs de Plasma e R$ 1,2 milhão para vigilância dos apartamentos de senadores

Ministério do Esporte reserva R$ 32,3 milhões para o restaurante da vila pan-americana e R$ 1,6 milhão para site do evento

Senado reserva R$ 41,5 mil para tratamento dentário de ex-senador e R$ 485 mil para reformar um apartamento

Senado compromete R$ 70,4 mil para eletrodomésticos e Itamaraty R$ 200 mil para despesas com bagagens

Governo compromete R$ 25 mil para estante rack e R$ 21,9 mil para obras de arte

9/9/2007

ACOMPANHANDO O BRASIL





Carrinho de Compras: Presidência reserva R$ 12,3 mil para compra de ferramentas e Senado R$ 48 mil para comprar TVs de Plasma


A reforma política tão esperada principalmente pela sociedade deu o que falar e mesmo assim não foi definitivamente concluída. No entanto, com tantas notas de empenho para a compra de materiais de construção e ferramentas emitidas pela Presidência pode ser que alguma reforma aconteça. Pelo menos no que diz respeito ao aspecto físico. A Casa comprometeu em orçamento R$ 2,4 mil para a aquisição de quatro parafusadeiras e outros R$ 1,2 mil para três furadeiras de impacto, reversíveis e com velocidade variável. E não pára por aí não. Foram adquiridos também três jogos de 25 brocas de aço sintetizado em estojo metálico no valor total de R$ 805,00.

Além de toda essa aparelhagem, a Presidência ainda empenhou R$ 7,9 mil para a compra de 10 "equipamentos telefônicos", sendo cada um R$ 793,00. Só que na descrição, não aparece nada muito ligado à telefonia. A nota de empenho caracteriza o aparelho como uma estação de solda digital com controle de temperatura feito por microprocesador, incluindo unidade de suporte, esponja e ferro de solda. E como se não bastasse isso, o Senado reservou R$ 48 mil somente para a compra de seis televisões de plasma com 50 polegadas e Wide Screen. Cada aparelho custou R$ 8 mil. Esse é o preço da modernidade.

Como é de costume, em quase todo Carrinho de Compras, o Senado gastou mais de R$ 20 mil com ressarcimento de despesas médicas e odontológicas aos senadores, ex-parlamentares e seus dependentes. Todas relativas ao ano passado. A Presidência também reservou em orçamento R$ 5,2 mil para a recuperação e a restauração de metais preciosos. Além disso, banho de prata e polimento em 31 peças de utensílios de copa.

Já do outro lado do Congresso, a Câmara quase passou despercebida. A Casa reservou em orçamento R$ 794,2 mil para fornecimento de mão-de-obra destinada à execução de serviços de condução e manutenção de veículos no período de 18 de setembro a 17 de novembro deste ano. Este valor inclui o pagamento de 13º salário dos funcionários. A empresa contratada foi a Adservis Multiperfil.

Clique aqui para ver todos os empenhos

*Todo fim de semana o Contas Abertas publica a coluna Carrinho de Compras, que traz reservas de recursos feitas por órgãos da União em orçamento para as compras mais curiosas. Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade nesse tipo de compra feita pelo governo e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não resolveria os problemas do Brasil. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão sobre os gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, compras curiosas.

Cecília Melo
Do Contas Abertas

Leia os últimos Carrinhos de Compras:

STJ reserva R$ 80 mil para a compra de 8 laptops e R$ 14,5 mil para serviço de lavanderia

Câmara reserva R$ 19 mil para almoços, jantares e coquetéis e STJ compra 49 umidificadores de ar

DNIT reserva R$ 5 milhões à Construtora Mendes Júnior e Senado, R$ 1,5 mil para aluguel de um carro para Calheiros

Presidência reserva quase R$ 10 mil para utensílios domésticos e Itamaraty compromete R$ 55 mil com obras de arte

Câmara reserva R$ 301,5 mil para a compra de 230 freezers e TCU, R$ 163,1 mil para realizar 31 eventos

STJ reserva R$ 849 para cadeira de maquiagem e Presidência compromete R$ 7,6 mil para TVs de plasma

Presidência reserva R$ 11 mil para aquisição de fragmentadoras de papel e STJ empenha R$ 3 mil para comprar camas box

STJ reserva R$ 112,9 mil para a aquisição de cadeiras e TCU R$ 26 mil para a compra de materiais para a cozinha

Presidência “faz a feira” e compra R$ 12,9 mil em frutas e verduras, mais 220 colchões por R$ 30,4 mil

Senado reserva mais de R$ 96 mil para compra de Tvs de Plasma e R$ 1,2 milhão para vigilância dos apartamentos de senadores

Ministério do Esporte reserva R$ 32,3 milhões para o restaurante da vila pan-americana e R$ 1,6 milhão para site do evento

Senado reserva R$ 41,5 mil para tratamento dentário de ex-senador e R$ 485 mil para reformar um apartamento

Senado compromete R$ 70,4 mil para eletrodomésticos e Itamaraty R$ 200 mil para despesas com bagagens

Governo compromete R$ 25 mil para estante rack e R$ 21,9 mil para obras de arte

23/9/2007

ACOMPANHANDO O BRASIL









23/09/2007 - 10h14
Metade do Brasil não tem esgoto, diz FGV

Rio de Janeiro - Mais da metade dos domicílios brasileiros (51,5%) não dispõe de rede de coleta e tratamento de esgoto. O acesso a esse serviço avançou de forma pífia nos últimos 14 anos, atravessando quatro diferentes gestões federais ao ritmo de 1,59% ao ano. Mantida essa velocidade, para reduzir à metade o déficit de saneamento básico seriam necessários 56 anos e meio, segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ou seja, o Brasil chegaria ao ano de 2063 ainda com 25% dos lares sem coleta e tratamento de esgoto. 'Esse é um problema sistêmico, de política pública. Enquanto o País avança no combate à pobreza a uma velocidade quatro vezes maior do que a determinada pelas Metas do Milênio, não chega à metade do que deveria na questão do saneamento', diz o economista Marcelo Neri, da FGV, que utilizou microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, para fazer a projeção.

Neri descarta cálculos sobre a universalização do serviço, que levaria mais de um século para ser atingida. 'Devemos pensar em metas factíveis de redução do problema', argumenta, lembrando que o País entrará no Ano Internacional do Saneamento, fixado pela ONU para 2008, entre os piores desempenhos no setor.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva admite o problema e anuncia investimento de R$ 10 bilhões neste segundo mandato, na tentativa de duplicar o ritmo de expansão. O objetivo é chegar em 2010 com cerca de 80% dos municípios atendidos com redes de água e esgoto. Hoje, os dois serviços chegam a pouco mais de 71% da população. 'O presidente Lula convocou o BNDES para um projeto de fôlego', informou Élvio Gaspar, diretor da Área de Inclusão Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

'Estamos trabalhando com uma projeção de universalização para o atendimento de coleta e tratamento de esgoto de 15 anos e de 10 anos para o abastecimento de água. Fazendo o corte para o que podemos fazer até o fim do mandato, em 2010, esperamos elevar em 2% ao ano a coleta de esgoto e 1,4% ao ano o abastecimento de água', acrescentou Gaspar.

Segundo o BNDES, o plano do governo não prevê novas privatizações no setor, mas o saneamento das empresas estatais para que ganhem capacidade de investimento. A idéia é ajudá-las a seguir o modelo adotado na Sabesp e na Copasa, por exemplo, empresas que abriram o capital em bolsa e têm hoje acesso a outras fontes de financiamento.

Irany Tereza e Nicola Pamplona